sexta-feira, 8 de julho de 2011

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Ele tirou seus sapatos, precisava sentir o chão gelado da madrugada, ele não tem estado sóbrio a dias e prefere permanecer assim com as memórias misturadas com o álcool ficcionista. Ele se desculpou por falhar com todos, seus amigos, seus propósitos tinham sido em vão, porque ele falhou como nunca pensou que pudesse falhar.
Naquela noite nada importava a não ser o chão gelado, o álcool circulando no seu organismo e a vontade de chorar, aquele choro preso na garganta a meses, pelo cartão estourado, os amigos que partiram, e todos que ele decepcionou, os sinos da igreja que tocavam, a musica silenciosa que inundava a sala e todo o apartamento, ding dom era o barulho mais moralista que ele já havia escutado.Ele não podia se desculpar por estar procurando seu apelo, essa não era a sensação que ele procurava. Ele precisava tentar ainda que fosse preciso morrer por isso.
E o que ele dominava o dominou! Foi essa a sua falha, mas ele estava deposto a pagar o preço mesmo com que tivesse a ajuda do álcool e dos sinos, nada mais importava, sem chances de reconsiderações, seria melhor que fosse tudo pro espaço então.
Jade Medeiros.

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