quarta-feira, 3 de novembro de 2010

yeah


Sem muita intensidade , abraço-a . Aquilo o impressionava ainda mais que a morte , querer amar uma pessoa com todas as forças e não ser capaz disso, pois não se trata de uma escolha. Tinha a impressão de que ela era a única criatura que verdadeiramente o conhecia a única que dava sinais de compreender pelo menos parte do que estava por trás de suas poucas palavras e de suas ações.
Queria se apaixonar por ela mas não conseguia. Essa incapacidade o intrigava se por um lado trazia uma sensação de impotência , por outro ia tornando mais claro por contraste, que tipo de coisa ele queria e poderia conseguir . Decidiu se concentrar nisso, na diferença entre uma coisa e outra. Endireitou a coluna e se reacomodou na cadeira. Só sairia dali quando estivesse cheio de certezas.Quase duas horas depois, pagou o refrigerante e foi de ônibus para a casa . Seus pais o haviam encontrado sozinho no bar , mas ele dispensou a carona e disse que voltaria por conta própria . Durante o trajeto foi retocando e simplificando seus planos. Agora sabia exatamente o que fazer. Não seria necessario fingir nunca mais.

Jade Medeiros.

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