Começa devagar como se te pegasse pela mão enquanto você
estivesse perdida ansiando por alguém que te mostrasse o caminho. Chega morno,
suave, lento e impreciso e afaga a pele com calmaria como as ondas da tarde que
já estão cansadas de serem ondas, mas por ironia ou malvadez do destino ainda o
são e serão eternamente. Ondas que cantam quando o sol fica laranja e os olhos
ficam molhados pra que a alma fique limpa. Purificando a carne podre que só um olhar de quem gosta sem culpa sabe onde dói a ferida exposta quando chega o inverno e as ondas ficam frias.
Jade Medeiros.
Jade Medeiros.
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