sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ambrosia


Vagueia ingênuo com uma carência que grita infame nas noites silenciosas, escuras, desertas com uma solidão grifada de vermelho, - patética, - ele urge.
Incerto, sem som, imune, frio, rodeado de falsas promessas mornas e alienantes. Canta o canto dos miseráveis que já nascem destinados a miséria moral. Mente pequena, alma  liquida, o amor que cabe no bolso. Seu canto esquizofrênico, inconcebível deleite impiedoso pede piedade em tom maior. Com o amor próprio escondido, tímido, careta e covarde nada lhe invade nem causa desequilíbrio.Chuva que não molha. Água que não sacia. Sede que queima na garganta, ludibria. Um pouco de coragem a esse ser doente sem alma nem vontade de sentir.Um pouco de vida solida com uma pitada de poesia carnal, romântica e indiscreta que indigna os reféns do néctar dos deuses, uma ambrosia para os humanos que já foram ha muito castigados, injustamente.
Jade Medeiros.

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